segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Familia+escola = menos violência


Alan Regis Dantas


Há alguns anos,o nosso país vem sendo tomado por uma onda de discussões a respeito de um assunto que interessa a toda a sociedade brasileira.A redução da maioridade penal no Brasil,já originou debates acalorados entre os que são contra ou a favor de tal instrumento de possível redução da violência num pais inundado de jovens e crianças sem expectativas de uma vida melhor e mais digna.

O tratamento dado aos jovens infratores aqui,não é merecedor de qualquer reconhecimento que seja.Ao irem para uma cadeia repleta de bandidos experientes e ainda mais truculentos do que eles,essa juventude perde o direito de conhecer uma profissão e um trabalho que lhe sirva num futuro de médio a curto prazo.

Mas o que é mais importante sabermos,é que esses jovens antes de entrarem definitivamente no mundo do crime e nas drogas, é que desde o berço,não possuíram uma família estruturada e unida. A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), Simone Assis,realizou uma pesquisa com vários jovens envolvidos com a violência e comprovou: “Os infratores cresceram com menos controle por parte da família e sem imposição de limites pelos pais".A partir desta afirmação,podemos concluir que o tratamento adequado deve se fazer desde o berço.

Resoluções conscientes

Quero dizer com isto que a maioridade penal deve ser aplicada de acordo com a maturidade e a ordem psicológica dos jovens de responder a seus atos de criminalidade.Segundo o responsável pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil e Cone Sul (UNODC), Giovanni Quaglia, “ Os conflitos sociais brasileiros tornam o quadro de solução mais difícil do que em outros países.”onde essas medidas são tomadas.Por exemplo,na Tailândia, a maioridade penal varia de acordo com a situação, conforme a decisão do juiz, mas gira entre 17 e 20 anos. Outros países também adotaram um sistema que varia conforme a situação, de acordo com o crime cometido e com o infrator.”

A informação pode ser aplicada de melhor maneira.A conscientização de pais e famílias jovens,deve ser a de pôr os seus filhos em medidas sócio-educativas e orientá-los a partir daí ,para processos graduais de saída das ruas e consequentemente da marginalidade, com acompanhamentos diários e ininterruptos evitando a reinscidência,além de práticas esportivas e culturais que renovem a vontade de retornar a sociedade.

Dificilmente a redução da maioridade será um “remédio” para a violência dos jovens.Só com uma mobilização racional e participativa de todos os envolvidos com tal processo se pode fazer com que esse quadro venha a se transformar um dia.O direito dos jovens está assegurado por lei,e não deve ser oprimindo ou usando argumentos vingativos e revoltados que daremos uma vida melhor para eles.

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